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ORLANDO GERALDO REGO DE CARVALHO
( Brasil - Piauí )
Orlando Geraldo Rego de Carvalho, conhecido como O. G. Rego de Carvalho, (Oeiras, 25 de janeiro de 1930 — Teresina, 9 de novembro de 2013) foi um escritor romancista brasileiro.
Ocupava a cadeira número 6 da Academia Piauiense de Letras e, além de romancista, era também Bacharel em Direito, professor e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Doutor “Honoris Causa” da Universidade Federal do Piauí, integrou o Grupo Meridiano e pertence à Geração 45. Juntamente com o poeta H. Dobal e o crítico M. Paulo Nunes, lançou em 1949 a revista "Caderno de Letras Meridiano", um marco dentro do Modernismo Piauiense.
Sua obra mais marcante é Rio Subterrâneo, quando o escritor expõe de forma crua as neuroses, conflitos, medos, loucura e solidão de seus personagens.
Faleceu na manhã de 9 de novembro de 2013 no Hospital São Paulo em Teresina, aos 83 anos, de falência múltipla dos órgãos, após oito dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital.
Principais obras: Ulisses Entre o Amor e a Morte, 1953; Amarga Solidão, 1956; Rio Subterrâneo, 1967; Somos Todos Inocentes, 1971. Como e Por Que Me Fiz Escritor, 1989; Ficção Reunida, 2001.
Fonte da biografia: https://pt.wikipedia.org/wiki/O._G._Rego_de_Carvalho
Faleceu em 9/11/2013
ANTOLOGIA DE SONETOS PIAUIENSES [por] Félix Aires. [Teresina: 1972.] 218 p. Impresso no Senado Federal Centro Gráfico, Brasília. Ex. bibl. Antonio Miranda
EXCERTO
O quitandeiro a custo reacendeu a
Estearina: O fósforo estava úmido...
Restituindo-lhe a serenidade que
Perdera, ao sentir-se sob a chuva...
Outros instantes desce para o rio e se
Põe a mirá-lo, sem gesto.
Vendo-os, Lucínio se arrepia todo
E continua presa de ansiedade
Pelas recordações da avó de Helena,
Prisioneira de si e do sobrado.
Gostava de sentir os seios dela
Em suas mãos: carne macia e tépida.
O rosto na penumbra era belíssimo:
Tinha uma suavidade que o encantou...
*
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Página publicada em abril de 2023
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